5 coisas sobre piscicultura que você não sabia
Cada vez mais a piscicultura se desenvolve e ganha espaço no cenário Brasileiro. O cultivo de peixes é uma modalidade que cresceu bastante nos últimos anos e movimenta uma parte importante da economia do mercado no Brasil,
Graças ao extenso território litorâneo do país, além da enorme produção local, o Brasil se tornou um dos países que mais consome peixe no mundo.
A partir do momento em que novos cultivos vêm surgindo, para se destacar no cenário, é preciso dominar os diferentes aspectos da piscicultura.
Pensando nisso, separamos uma lista de coisas que você não deve saber sobre o cultivo de peixes em cativeiro. Confira!
5 coisas sobre piscicultura que você não sabia
Como a piscicultura surgiu:
Apesar de estar se popularizando recentemente no Brasil, a criação de peixes em cativeiro possui registros de ocorrerem no antigo Egito, em 4.000 anos a.C. Nessa época, já se criava a famosa tilápia do Nilo, que era uma das espécies com maior sucesso na região.
Nesse sentido, outro país com destaque na antiguidade é a China, que também possuía criação no mesmo período. No entanto, os chineses estavam desenvolvendo a cultura da carpa.
Além disso, eles também já produziam macroalgas, que são consideradas os primeiros organismos aquáticos a serem cultivados com a influência humana.
Sistemas de criação de peixes:
Existem diferentes sistemas de criação de peixes. Vamos destacar os principais modelos da piscicultura.
Extensivo – Esse é o sistema mais comum em fazendas. Os animais ficam agrupados em tanques, como represas, lagoas, açudes e outros tipos hidrográficos de pequenas ou grandes dimensões, por exemplo.
Semi-intensivo – Nesse modelo de criação, o fator que será determinante para toda a cadeia de produção dos animais é a alimentação. Isso ocorre porque o cultivo é superior à quantidade de peixes. Ou seja, é preciso manter a periodicidade e frequência da alimentação controladas.
Intensivo – Aqui o objetivo é obter alta produtividade na piscicultura. Por isso, será necessário adotar estruturas específicas, que forneçam maior controle em relação à qualidade da água.
Também é importante contar com equipamentos e tecnologias que aprimorem a efetividade do cultivo.
Superintensivo – Nesse sistema de piscicultura, os animais são criados em tanques-rede, onde ocorre o fluxo contínuo de água. Os peixes devem receber uma alimentação balanceada para se desenvolver rapidamente e deve-se criar apenas uma espécie, em alta densidade de povoação.
Piscicultura em água doce e água salgada:
Existem diferenças consideráveis entre a atividade aquícola em água doce e água salgada. Isto ocorre porque, os organismos aquáticos cultivados em água doce ou salgada apresentam adaptações anatômicas e fisiológicas, que vão impactar na sobrevivência e desenvolvimento nos ambientes.
Apesar disso, existem algumas espécies que se adaptam em ambientes com salinidade intermediária, como a tilápia, por exemplo.
Na água doce, os processos devem ser feitos em viveiros escavados no solo, em tanques-rede, em sistemas de recirculação de água, em sistema de biofílicos bacterianos ou em estufa.
Nesse último caso, funciona principalmente para peixes ornamentais. No Brasil, os sistemas de cultivo mais comuns são em viveiros escavados e em tanques-rede.
Já para os sistemas em água salgada, o cultivo é normalmente realizado em tanques-rede, principalmente no caso da piscicultura marinha. Além disso, podemos destacar as criações de ostras e mexilhões, que são instaladas diretamente no ambiente marinho.
Já a carcinicultura marinha é realizada em viveiros escavados em terra, próximos ao litoral, na maioria dos casos. Também existem novas tecnologias, como o sistema de criação em bioflocos bacterianos, que permite a criação de camarões marinhos em locais afastados da costa.
Água:
A qualidade da água tem impacto fundamental na piscicultura. Nesse sentido, existem diversos fatores que influenciam em uma das partes principais dos sistemas de cultivo.
Para os piscicultores, é necessário verificar atentamente a temperatura da água, pois isso influencia na reprodução e no crescimento do pescado. Além disso, temperaturas extremas, tanto para o calor, quanto para o frio, atingem negativamente na alimentação dos peixes.
Outro ponto importante é a necessidade da penetração de luz, essencial para os seres produtores de matéria orgânica, os fitoplânctons, bactérias fotossintéticas e macrófitas aquáticas, organismos que dependem da luminosidade para fazer fotossíntese.
Ou seja, águas claras são as melhores para abastecer os tanques, levemente azuladas ou esverdeadas. O nível de transparência pode ser medido com um instrumento chamado disco de SECCHI.
A quantidade de água também tem impacto na piscicultura. Desse modo, deve-se usar apenas o que é proporcional à capacidade de acumulação, calculada com base em sua área e profundidade média.
Tipos de tanque:
Existem diversos tipos de tanque para realizar o seu cultivo da piscicultura. Cada um possui características diferentes, que atendem as necessidades diferentes das produções. Os principais utilizados são:
Tanques de terra - Um dos mais naturais e próximos das condições originais em que os peixes nascem, crescem e se desenvolvem. Para tornar o manejo e limpeza mais eficientes, o ideal é que os tanques sejam construídos diretamente na terra.
Tanques de alvenaria - Estes modelos são construídos mais comumente em concreto, o cimento e a argamassa armada, no entanto, também é possível fazer com que os tanques de alvenaria tenham fundo terroso, apenas com as paredes revestidas de cimento.
Sua manutenção é mais fácil em relação ao anterior e deve ser utilizado em cultivos de alta densidade com alta renovação de água.
Tanques de lona de PVC - Perfeitos para piscicultores que estão buscando maior facilidade na despesca.
São modelos mais práticos, que simplificam o processo de higienização e aumentam a segurança na produção. Além disso, eles também conseguem economizar um maior volume de água, devido ao revestimento impermeabilizante PVC.
Tanque-rede - Um dos principais modelos utilizados na piscicultura. Esse modelo oferece maior proteção contra ataques de predadores, além de evitar a fuga dos peixes cultivados internamente.
Além disso, é bastante versátil, já que possibilita a criação de peixes em grandes reservatórios de água, rios e mares.
Ele torna o manejo de animais aquáticos mais fácil durante o dia a dia, sendo permitido acompanhar o desenvolvimento do cultivo a olho nu, identificando eventuais doenças e possibilitando dar início aos tratamentos com mais agilidade.
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