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7 dicas de boas práticas no manejo alimentar de peixes em tanques ou tanques-redes

7 dicas de boas práticas no manejo alimentar de peixes em tanques ou tanques-redes
31 de Janeiro de 2022
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Para ter uma produção excelente de peixes em tanques existem diversos fatores que devem ser cuidados e aprimorados. Desde o manejo sanitário até a qualidade dos equipamentos, são muitos fatores que podem influenciar no produto.


E é claro que o manejo alimentar é um dos pontos principais na hora de cuidar da qualidade da piscicultura. Não só na produção de peixes, mas a nutrição é fundamental na criação de qualquer espécie de animal.


Manter uma alimentação de qualidade pode ser custoso em um primeiro momento, mas o retorno do investimento se dá na quantidade e qualidade da produção. 


O objetivo de manter boas práticas no manejo alimentar de peixes em tanques é ter o desenvolvimento saudável dos peixes, sem desperdícios nem prejuízos.


O manejo da dieta dos cardumes depende de uma série de fatores como tamanho dos tanques, temperatura da água, tamanho e hábitos alimentares dos peixes, entre outros.


Separamos algumas dicas para manter boas práticas no manejo alimentar de peixes em tanques. Confira!



7 dicas de boas práticas no manejo alimentar de peixes em tanques ou tanques-redes


Conheça os hábitos alimentares da espécie peixe:


Um dos principais pontos para ter bom manejo alimentar dos peixes em tanques é saber quais são os hábitos de alimentação de cada espécie de peixe.


Em primeiro lugar, é necessário escolher uma ração de alto padrão e que tenha todos os nutrientes necessários para a sua produção. Assim, você poderá contar com fatores muito importantes para a qualidade dos peixes em tanques. 


Por isso, considerando os hábitos alimentares, você deve ficar atento aos níveis de proteína, o teor energético e a digestibilidade da ração, que são específicos para cada tipo de peixe.


Nesse sentido, a maioria das espécies necessitam demandas proteicas mais elevadas quando são provenientes da piscicultura. Mesmo assim, espécies de peixes com hábitos carnívoros precisam de rações com teores de proteínas e energia mais altos. 


Além disso, a digestibilidade de componentes vegetais é menor para peixes carnívoros e maior para as espécies onívoras.


Outro importante para ser considerado é o horário da alimentação. O ideal é que a ração seja fornecida sempre no mesmo horário para condicionar os peixes. Em geral, o indicado é ao amanhecer e ao entardecer, mas pode variar conforme a espécie e o tipo de alimento.



Verifique a temperatura da água:


A temperatura da água é fundamental para o bom manejo alimentar dos peixes em tanque. Ela tem influência direta no volume de ração consumido pelo cardume.


Para a maioria das espécies de peixes, quanto mais baixa for a temperatura, menor será o consumo de ração. Desse modo, é necessário também reduzir a quantidade de alimentos fornecidos no tanque.


O recomendado é oferecer uma quantia por dia, quando a temperatura da água atingir valores abaixo dos 20°C. Mesmo assim, é necessário observar como os peixes se comportam e aumentar o fornecimento de ração caso seja necessário.



Certifique-se da qualidade da ração:


Como destacamos anteriormente, a qualidade da ração é essencial para o bom manejo alimentar e também para melhorar a qualidade da produção de peixes.


Ou seja, ao adquirir a ração, você precisa ficar atento em diversos aspectos, como aos níveis de proteína, carboidrato, gordura, cinza, matéria seca e fibra bruta. 


Também é importante verificar periodicamente a concentração dos nutrientes garantida pelo fabricante em laboratórios idôneos.


Também escolha um fornecedor de confiança, pois assim você terá a garantia de utilização de matérias-primas de qualidade nas formulações. 


Além de alimentar com nutrição e qualidade os peixes, a ração também precisa ter boa estabilidade na água e que não apresente muitos finos. 


Após peneirar a ração, o resíduo (pó) precisa ser pesado e não deve ultrapassar 1% do peso total do saco amostrado.



Cuide com o tipo de processamento da ração:


O tipo de processamento que a ração faz na fábrica é outro ponto importante no manejo alimentar de peixes em tanque.


Evite fornecedores que trabalham com ração farelada. Este tipo de processo faz com que o alimento elimine nutrientes e pode causar problemas aos peixes e a poluição da água. 


A ração peletizada é melhor que a farelada, mas o período de estabilidade é muito curto e, por isso, não é o mais adequado.


Assim, dê preferência para a ração extrusada. Ela apresenta maior estabilidade na superfície da água e têm uma digestibilidade maior que as demais formas processadas.



Atente para o tamanho do grão de ração:


O tamanho da ração também é um fator a ser considerado para cuidar do manejo alimentar na piscicultura. 


Assim, o tamanho do pellet deve ser adequado ao tamanho da abertura da boca de cada espécie e fase de vida do peixe.


No entanto, é importante considerar que peixes maiores podem apresentar desinteresse em consumir pellets muito menores que o tamanho da sua boca.



Dê a quantidade correta de ração:


A quantidade de ração sofre impacto conforme a temperatura da água, tamanho do peixe e voracidade da produção. 


De modo geral, é possível utilizar uma taxa de ração de 3 a 5% do peso vivo para os alevinos de até 50 g e reduzir essa quantidade gradativamente ao longo do cultivo.


A qualidade da água também influencia na quantidade de ração, pois conforme ocorre a redução de oxigênio dissolvido no tanque, os peixes têm sua saúde prejudicada e consomem menos alimentos. 


Por isso, o manejo sanitário e a biossegurança na piscicultura são fundamentais para garantir a melhor produção possível.



Preze por boas condições de armazenamento:


Fazer o armazenamento correto da ração é fundamental para o bom manejo alimentar dos peixes em tanques.


Os sacos de rações devem ser armazenados em local seco e ventilado, longe da luz e do acesso de animais, principalmente de roedores. Além disso, é necessário evitar o contato com o chão e com as paredes, pois assim elas não absorvem a umidade.


Confira também a altura das pilhas recomendadas nas embalagens dos fabricantes. Em geral, a quantidade fica em torno de 15 a 20 sacos, pois assim evita que os pallets sejam danificados (quebrados ou esmagados) na armazenagem.


É necessário ter um local exclusivo para as rações, principalmente para quem tem outros tipos de produção, pois assim é possível proteger contra a contaminação de defensivos agrícolas e produtos químicos.


 



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