A aquicultura é a ciência que estuda técnicas de cultivo, não só de peixes, mas também de crustáceos (como o camarão ou a lagosta), moluscos (como o polvo e a lula), algas e outros organismos que vivem em ambientes aquáticos. A aquicultura é responsável por cultivar organismos aquáticos em condições controladas, com iluminação e temperatura da água ideais para a criação da espécie em questão. Esta atividade pode ser desenvolvida em água doce, ou em água salgada, denominada maricultura. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), em apenas 36 anos (de 1970 até 2006) a aquicultura teve um enorme aumento no fornecimento do pescado consumido, passando de 3,9% para 47%. Esses dados mostram o quanto esse mercado é forte e pode render bons lucros. Pensando nisso, separamos algumas dicas que podem ajudar a melhorar os resultados da sua produção.

Qualidade dos Peixes

Os alevinos são filhotes de peixe logo após saírem dos ovos, a procedência destes na hora de produzir é muito importante e vai fazer toda diferença na produção. Os alevinos de qualidade nem sempre são fáceis de se encontrar no mercado. Antes de adquirir, é indicado que o produtor observe se há má formação neles, pois isso vai garantir qualidade no futuro.

Leia também: Piscicultura: Tudo que você precisa saber sobre criação de peixes

Atenção a água

De acordo com a Embrapa a qualidade da água dos sistemas de produção aquícola é determinada pela condição da fonte utilizada para abastecimento e como a sua qualidade se altera em decorrência da adição de insumos e nutrientes aos viveiros e reservatórios. Por isso, é importante monitorar as fontes de abastecimento, para assegurar sua qualidade e realizar o manejo adequado dos sedimentos do fundo dos viveiros e reservatórios. Os peixes que comem mais, consomem mais oxigênio, se comparados àqueles mantidos em jejum ou que se alimentam menos.

Alimentação

Para se desenvolver perfeitamente, os animais precisam de nutrientes específicos, por isso, a qualidade da ração que será dada faz toda diferença e, economizar nessa hora não é um bom negócio, pois poderá afetar sua produção e gerar custos inesperados. Em relação a quantidade e frequência que o alimento é dado para os peixes, deve ser seguida à risca a recomendação do fabricante, para evitar prejuízos.

Leia também: Carcinicultura: Fatores indispensáveis para o sucesso do negócio

Tecnologias

Hoje a aquicultura já desenvolveu muito e com isso, novas tecnologias foram lançadas. Muitas delas podem facilitar a produção, como as vacinas por exemplo, que podem diminuir bastante a taxa de mortalidade dos peixes. Isso acontece porque os peixes conseguem produzir anticorpos, que os impedem de contrair algumas doenças.   

Observando o mercado de alimentos, de modo geral, a aquicultura é hoje, o que mais cresce no Brasil, superando inclusive o faturamento da criação bovina. De acordo com o relatório “O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura“, produzido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), lançado em maio de 2014, o peixe permanece entre os alimentos mais comercializados em todo o mundo. Estima-se que até 2020 a produção de peixes em fazendas marinhas, tanques escavados e gaiolas instaladas nos reservatórios de água das hidrelétricas no Brasil chegue a 2 milhões de toneladas por ano. Veja outras dicas de aquicultura.