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Desenvolvimento da maricultura no país - saiba mais sobre a regionalização da produção

Desenvolvimento da maricultura no país - saiba mais sobre a regionalização da produção
18 de Junho de 2019
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Desenvolvimento da maricultura no país: saiba mais sobre a regionalização da produção



A maricultura é um ramo específico da aquicultura e engloba a produção de uma ampla variedade de organismos aquáticos marinhos e estuarinos, desde vegetais como as algas a invertebrados como crustáceos. A Engepesca trabalha com produtos exclusivos para essa prática, prestando assistência ao cliente em sua produção.



Certamente é uma das atividades zootécnicas que mais dispõe de espécies cultiváveis. No Brasil, a maricultura concentra-se nos camarões e moluscos produzidos principalmente na zona costeira do país. Além destes, a produção de macroalgas e de algumas espécies de peixe começam a ganhar destaque, mas ainda com um baixo volume nacional.



Especificamente sobre a carcinicultura brasileira, esta concentra-se em mais de 90% na região Nordeste, praticamente com uma única espécie cultivada, o Litopenaeus vannamei.  , Sendo atualmente produzidas 69 mil toneladas/ano, conforme dados de 2012.



Apesar de muitas vezes estar associada à pesca, a maricultura possui características próximas a sistemas de produção rural. Deve-se considerar que a gestão dos recursos naturais e a conservação dos processos ecológicos constituem uma dimensão essencial do seu desenvolvimento que devem ser destacadas na hora de escolher o equipamento correto.



Três componentes definem a maricultura: o organismo produzido deve ser aquático, deve existir um manejo para a produção e a criação deve ter um proprietário, ou seja, não é um bem coletivo como são os recursos explorados pela pesca. O proprietário dessa produção também deve considerar o uso dos recursos naturais. A capacidade de um determinado sistema de utilizar ou neutralizar os volumes de nutrientes dispersados por uma dada produção, por exemplo. É imprescindível pensar nessas questões, as quais têm relação direta com a valorização econômica de bens naturais.



Regionalização da produção em maricultura



Em Santa Catarina, por exemplo, principal estado produtor nacional de moluscos com aproximadamente 18 mil toneladas produzidas, apenas uma minoria (aproximadamente 7%) tem capacidade de contratar três ou mais funcionários para auxiliar no cultivo. A grande maioria dos produtores realiza apenas contratação temporária de mão de obra, em muitos casos de maneira informal.



Entretanto, são estes cultivos de pequeno porte (oriundos, em grande parte, de iniciativas de fomento de ordem governamental) que têm contribuído significativamente para a disseminação da atividade pelo país. Devido à facilidade de inclusão de pequenos produtores, a maricultura no Brasil também surge como uma ferramenta na área social por contribuir para a estabilidade de comunidades litorâneas em suas respectivas áreas de origem.



Dentro dessa necessidade de se conhecer a realidade local, é importante considerar que a maricultura se insere em um cenário, por vezes até familiar.  Nesse cenário, o apoio técnico aos produtores torna-se fundamental para a consolidação da atividade.



O cultivo de moluscos, por exemplo, se desenvolveu primeiro em Santa Catarina e depois em outras regiões. Hoje em dia, praticamente todos os estados litorâneos apresentam alguma atividade de pesquisa e/ou produção de moluscos. Apesar disso, das cerca de 15 mil toneladas produzidas anualmente no Brasil, a região Sul concentra mais de 90% da produção nacional, com o restante provendo do sudeste do país. A produção ainda tem caráter familiar e artesanal, com poucas empresas autorizadas a comercializar com o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e, portanto, com a produção restringindo-se exclusivamente ao mercado local.



Existem ótimas perspectivas para o desenvolvimento da maricultura no país. Entretanto, para que esse potencial possa se expressar plenamente há a necessidade de se adotar, cada vez mais, práticas de cultivo ecologicamente sustentáveis, como a diminuição do uso de insumos oriundos da pesca. Destaca-se também a opção pelo cultivo de espécies de base da cadeia trófica – algas, moluscos bivalves e peixes/camarões onívoros. Além disso, a adoção e aplicação de medidas regulatórias de proteção aos ecossistemas costeiros devem ser uma preocupação não somente do poder público, mas também dos produtores e consumidores.



Referências:


http://www.scielo.br/pdf/asoc/v18n3/1809-4422-asoc-18-03-00041.pdf


http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252010000300015



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