Fazenda marinha na Ilha Grande é exemplo para o país e o mundo
Uma fazenda marinha na Ilha Grande, no litoral sul do estado do Rio, é um exemplo para o país e para o mundo. O dono é o empresário Kazuo Tonaki, brasileiro de origem japonesa. Ele aprendeu a maricultura na terra dos antepassados.
“Se comparado ao Japão, a gente deve estar atrasado uns 90 anos”, diz.
Ele quer mudar isso. No local, cultiva vieiras, primas das ostras e nativas da Ilha Grande. Em tanques enormes, cria o bijupirá, nome indígena que quer dizer “peixe bom”.
No tanque dos reprodutores estão os maiores peixes da fazenda. O jeitão de nadar lembra os tubarões.
“No Nordeste eles tratam ele como cação de escama. O bijupirá facilmente chega a três, quatro quilos em um ano”, explica kazuo.
A engenheira de aquicultura Patrícia Merlin diz que a fazenda tem cerca de 8 mil peixes e 400 mil vieiras.
A capacidade e a velocidade de produção chamaram a atenção da FAO, a Organização das Nações Unidades para a Agricultura e Alimentação.
“A gente vem recebendo visitas com orientação técnica e eles até aportaram recursos para a gente fazer um projeto de escola de maricultura. Até 2050, segundo estudos, a gente vai ter que praticamente dobrar a produção de alimentos para atender a população mundial, porque está crescendo muito rápido. Eles têm tentado fomentar a produção de alimentos no mar. É uma proteína de boa qualidade”, diz Kazuo.
Num espaço de sete mil metros cúbicos, a fazenda produz 11 toneladas de alimentos por ano.
Fonte: G1
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