A piscicultura no Brasil possui uma grande diversidade de espécies. Cada tipo de peixe possui características de sabor, tamanho e rendimento que podem interferir na produção de peixes.

Além destas espécies suprir uma necessidade alta de peixes no Brasil, também temos grande destaque no mercado internacional.

Para que você tenha sucesso na piscicultura, existem diversas etapas que vão desde o planejamento, até a entrega do produto final. 

Nesse sentido, conhecer a região e determinar a utilização dos equipamentos mais modernos no mercado facilitam o trabalho da produção.

Também é muito importante saber qual espécie de peixe você pretende utilizar, considerando a região e também as características principais de cada tipo.

No Brasil, temos mais de 2.500 espécies de peixes já identificadas em todo o território. Ou seja, o planejamento de qual espécie será utilizada deve ser minucioso e eficiente, para otimizar ainda mais a sua produção.

Desse modo, decidimos apresentar algumas das espécies de peixes mais comuns na piscicultura brasileira. Assim, conhecendo as espécies, na hora de montar a sua produção você tem a garantia de que estará tomando a melhor decisão possível.

Peixes em água salgada para a piscicultura no Brasil

As espécies de peixe para criar em água salgada não são o maior destaque da piscicultura no Brasil. No entanto, a sua produção e consumo vêm aumentando no país, principalmente por se diferenciarem pelo porte maior.

Beijupirá - Esta espécie de peixe apresenta excelentes características para aquicultura, crescendo rápido e chegando aos 3 ou 4 quilos em apenas um ano. É produzida em abundância pelo Nordeste e, em condições normais de cultivo, o peixe pode chegar a 10 kg em 16 meses.

Além disso, apresenta facilidade para desovar em cativeiro, resposta positiva à vacinação e boa adaptabilidade ao ambiente de confinamento.

Garoupa - Encontrada em todo o mundo, esta espécie de peixe é uma das mais valorizadas pelos consumidores nacionais. Ou seja, é um tipo de peixe perfeito para quem está procurando trabalhar com altos valores de mercado.

Apresenta características interessantes para a produção em cativeiro, em tanques-rede, tanques ou viveiros escavados, mas por ser um peixe hermafrodita protogínico, sua reprodução pode sofrer um pouco mais do que outras espécies.

Dourado do mar - Peixe marinho que é maior que sua versão de água doce, chegando aos 2 metros de comprimento e 40 kg.

Além de valorizados para uso comercial, estes peixes são grandes atrativos das pessoas que praticam a pesca esportiva

Salmão do Atlântico - É uma das espécies mais conhecidas no mundo e foi inserida de forma não natural na piscicultura no Brasil. Sua produção teve início no Brasil no início dos anos 90 por um grupo de truticultores de Minas Gerais.

Quando vivem na natureza, elas nascem em água doce, mas costumam passar a vida no mar, retornando ao ambiente dulcícola em que nasceu na época de reprodução.

As espécies estão presentes em toda a costa do Atlântico. No entanto, sua distribuição no Brasil segue seu principal habitat: o mangue. Dessa forma, é uma ótima opção para produção na Bahia, Pará e Maranhão.

Linguado - Concluindo, vamos destacar o linguado na piscicultura no Brasil. Apresenta ótimas características, com valor comercial excelente.

Apresenta tolerância a diferentes faixas de temperatura e salinidade, elevadas concentrações de compostos nitrogenados e sobrevivência em águas ácidas.

Espécies de peixes para criar em água doce

A piscicultura no Brasil apresenta maior popularidade de produção de espécies de água doce. Essa prática varia conforme as condições ambientais de cada região, sendo algumas mais favoráveis para pescados específicos.

Tilápia - A espécie de peixe com maior popularidade em toda a piscicultura no Brasil. Basicamente, a tilápia é o carro-chefe da produção de peixes em cativeiro.

Ela é uma espécie nativa da África, que se adaptou muito bem no país. Para produção, é possível usar viveiros escavados, tanques-rede, gaiolas flutuantes ou raceways.

Essa popularidade se deve ao fácil trato da espécie, que possui um sabor diferenciado em relação às outras espécies. Além disso, o rendimento do filé é algo extremamente positivo da tilápia, fazendo com que o peixe seja bem lucrativo para a piscicultura.

Carpa comum - A carpa é outra espécie de peixe importante para a piscicultura no Brasil. Ela possui a vantagem de poder ser comercializada ainda pequena e apresenta resistência em diferentes temperaturas de água.

Desse modo, vale destacar a carpa húngara, a carpa capim, a carpa prateada, a carpa cabeça grande, que se destacam na aquicultura. Já as carpas coloridas são utilizadas, principalmente, como peixes ornamentais. Isto ocorre porque apresentam cores variadas como laranja, branca, marrom, preta, amarela, dourada ou vermelha.

Tambaqui - Peixe de origem amazônica, que é bastante popular na região norte do país. São peixes fáceis de alimentar, algo fundamental para a piscicultura. Comem especialmente frutas, folhas, sementes, plâncton, minhocas, pequenos insetos, sementes que caem na água e matéria vegetal em decomposição.

É uma das espécies diferenciadas da piscicultura no Brasil, pois procria com a piracema, subindo a correnteza entre os meses de agosto e dezembro .Os adultos da espécie podem viver cerca de 15 anos.

Pacu - Grande destaque da piscicultura no Brasil, pois apresenta facilidade na adaptação. Eles também vivem sob condições ambientais desfavoráveis, migrando durante as primeiras chuvas e desovando na seca.

Geralmente são produzidos em represas rurais e viveiros escavados, mas existe a possibilidade de fazer a criação em tanques-rede, já que eles possuem essa facilidade em se adaptar. Esse peixe é onívoro em seu habitat, podendo ultrapassar 20 quilos e alcançar 70 a 80 cm de comprimento.

Pirarucu - Esta espécie de peixe possui um fato curioso, que é ser conhecida como bacalhau da Amazônia, local em que é encontrado.

Ele apresenta uma alimentação bastante variada, que pode ser composta de peixes, tartarugas, caramujos, plantas, gafanhotos e cobras. 

Um grande destaque está em seu tamanho, pois quando adulto, na natureza ele chega a ultrapassar os 2 metros de comprimento e pode pesar até 300 quilos.

Além disso, sua comercialização é bastante popular, já que ele não possui espinhos, o que indica uma ótima oportunidade para quem quer entrar no mercado da piscicultura no Brasil.