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Ostreicultura – Manual de boas práticas: qualidade e segurança para bons negócios

18 de Novembro de 2017
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Cultivar ostras é fácil. Não é preciso usar nenhum tipo de ração; as estruturas de cultivo são bastante simples; as sementes podem ser obtidas diretamente da natureza e não são necessários muitos cuidados com os animais. Aliás, o produtor não precisa nem mesmo ter muitos conhecimentos técnicos. É só colocar alguns coletores feitos de garrafas PET em rios de água salgada e canais de mangue, esperar, pegar as sementes assentadas, colocá-las em estruturas bastante simples e deixá-las lá crescendo. Depois de alguns meses é só fazer a colheita, limpar as ostras, vendê-las, colocar o dinheiro no bolso e o sorriso no rosto. Infelizmente, é assim que muitas pessoas ainda enxergam e vendem a imagem da ostreicultura no Brasil!


E é exatamente por isso que a produção de ostras em nosso país ainda vive na idade da pedra, se comparada com o que é feito e com os resultados que são alcançados por produtores de outros países. O que se pratica na região Nordeste e no restante do litoral brasileiro é uma ostreicultura que permite, sim, a produção de ostras de modo fácil e barato. Mas, por outro lado, é uma ostreicultura que produz pouco; que apresenta rendimento muito baixo; que produz ostras ainda sem a devida garantida de qualidade para o consumidor; e, acima de tudo, uma ostreicultura em que os produtores não ganham o dinheiro que poderiam ganhar com a atividade.


No Brasil, produzir ostras é mesmo fácil, muito fácil. Vender bem as ostras produzidas já é um pouco mais difícil. Ganhar dinheiro e viver da ostreicultura… bem, isso ainda é uma coisa pra lá de difícil para a grande maioria dos ostreicultores. Este manual tem como objetivo básico indicar caminhos para que os produtores possam produzir ostras cada vez mais saudáveis, com menos perdas por mortalidade e demorando cada vez menos tempo para que elas atinjam o tamanho exigido pelos compradores.


Seguir estes caminhos é o primeiro de muitos passos que precisam ser dados para que os consumidores possam ter a certeza de que estão comprando um produto com qualidade diferenciada e que até aceitem pagar mais por ele. Como qualquer caminhada, sem dar o primeiro passo a ostreicultura nordestina não vai nunca sair do lugar. Vamos juntos então começar essa longa jornada…


 


Fonte: Aquaculture Brasil



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