NOTÍCIA


Piscicultura brasileira avança no mercado internacional com parceria entre Peixe BR e APEX Brasil

Piscicultura brasileira avança no mercado internacional com parceria entre Peixe BR e APEX Brasil
21 de Julho de 2021
Voltar

A piscicultura brasileira não para de crescer! Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, os números de produção e venda de peixes no Brasil aumentou significativamente. E ainda tivemos um crescimento importante para as vendas no mercado internacional.


Conforme os dados apontados no informativo trimestral de Comércio Exterior da Piscicultura, as exportações de produtos da piscicultura brasileira durante o terceiro trimestre de 2020 aumentaram em 53%, comparando com o segundo trimestre do ano. 


O patamar financeiro de vendas para o exterior do cultivo de peixes do Brasil chegou a US$ 3.324.197. 


O relatório foi realizado através de uma parceria entre a Embrapa Pesca e Aquicultura, por meio do Projeto BRSAqua e da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR).


Como uma forma de fomentar ainda mais o comércio internacional de peixes e ampliar também o cultivo, a Peixe BR intensificou negociações com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (APEX Brasil).


Não é de hoje que as duas instituições estão em tratativas. Há cerca de dois anos ambas iniciaram seus planos e agora avançaram para ações efetivas do projeto setorial Peixe BR/APEX Brasil. 


A partir da efetivação deste planejamento, a piscicultura brasileira ganhará ainda mais destaque no exterior.


No início do mês, Peixe BR e APEX Brasil se reuniram duas vezes com representantes de empresas associadas para tratar especificamente de tilápia e de peixes nativos. Neste momento, ocorreu a avaliação para ações em países-alvo. 


De acordo com Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR, existe um grande interesse das empresas de piscicultura expandirem seus negócios no exterior. “A participação foi expressiva, o que demonstra o interesse das empresas em expandir sua presença em mercados importantes”, revela Medeiros.


O presidente executivo da Peixe BR ainda informa que ocorrerão mais encontros ao longo do ano com a APEX Brasil. A intenção dessas reuniões é estabelecer em definitivo os países-alvo e as principais ações do projeto setorial. 


Conforme Medeiros, “este é um movimento relevante. O Brasil produz peixes de cultivo de qualidade e tem potencial de vendas em diversos países. O mercado global está crescendo e precisamos estar preparados para conquistar uma parcela”.


Francisco Medeiros ainda ressalta o convite para que outras empresas associadas demonstrem interessem em se juntar a esse movimento e também a participar do mercado internacional de peixes de cultivo.


Mercado Internacional de piscicultura brasileira


A ano de 2020 foi bastante positivo para a piscicultura brasileira e o ano de 2021 começou bastante promissor. 


No primeiro trimestre, de acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), as exportações da piscicultura aumentaram 2% comparadas com as do 1º trimestre de 2020, atingindo US$ 3,2 milhões.


Quando estes valores são analisados em peso, o aumento verificado no primeiro trimestre de 2021 foi de 8,4%, atingindo 1.766 toneladas.


Esse número foi mais expressivo no mês de março, quando a piscicultura brasileira atingiu os maiores volumes exportados, chegando a US$ 1,4 milhão. Destes valores, filés frescos ou refrigerados representaram uma parcela expressiva de  38,2% do total exportado.


Esta categoria de produtos chegou a totalizar US$ 1,2 milhão e, por isso, apresentou o maior valor comercializado. Em segundo e em terceiro lugar, aparecem respectivamente as categorias de peixes inteiros congelados (US$ 698 mil) e óleos e gorduras (US$ 413 mil).


Além disso, novamente a tilápia atingiu o patamar de espécie de peixe mais vendido para o exterior, um dos principais da criação brasileira, com US$ 2,6 milhões. No entanto, esse número significa uma queda de 7,2% quando comparada com o primeiro trimestre de 2020.


Os curimatãs (US$ 392 mil) e o tambaqui (US$ 203 mil) foram respectivamente a segunda e a terceira espécies mais exportadas nesse primeiro trimestre de 2021; ambos apresentaram expressivo crescimento comparados com o mesmo período de 2020. 


As exportações de pacu também apresentaram um crescimento significativo de 2.972,7% no período.


Um ponto interessante dessa evolução está em países da América do Sul, que aumentaram sua participação na compra dos peixes brasileiros. 


No entanto, novamente os Estados Unidos foram o principal destino das exportações, com US$ 1,5 milhão no primeiro trimestre de 2021.


A Colômbia foi o segundo principal destino, totalizando US$ 406 mil em importações e apresentando aumento de 93,1% frente ao mesmo período de 2020. O Chile foi o terceiro principal destino, com US$ 312 mil e crescimento de 207,8%.


De acordo com o relatório parcial da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), dentre os cinco principais destinos das exportações no primeiro trimestre de 2021, os Estados Unidos e a China apresentaram queda nos volumes embarcados.


Por outro lado, os demais três principais importadores – Colômbia, Chile e Peru – registraram respectivamente aumentos de 93,1%, 207,8% e 34%. Esses dados reforçam a tendência de crescimento das exportações da piscicultura brasileira para países da América do Sul.


 



Compartilhe