Produtores investem na criação de peixes da espécie Trairão da Amazônia, no interior do ES
Por Débora Fernandes, TV Gazeta
Produtores rurais do interior de Castelo, na região Sul do Espírito Santo, resolveram diversificar a produção e investir na criação de peixes da espécie Trairão da Amazônia. Em uma propriedade de Patrimônio do Ouro, os produtores conseguiram aumentar a renda com a criação dos peixes.
“Existe uma diferença entre a traíra comum e o trairão, que a gente identifica pela abertura da parte inferior opérculo. No caso da traíra comum, essas duas aberturas se encontram uma com a outra, já no caso do trairão elas não chegam a encontrar uma com a outra na parte frontal inferior da boca, elas fazem um formato de u”, explicou o produtor Fabiano Giori.
A piscicultura surgiu na fazenda como uma forma de diversificar a produção, que antes era basicamente de café. Fabiano teve a ideia e apresentou para o pai, que resolveu investir.
“Se tiver medo, não faz nada, aí eu acreditei nele e começamos devagarinho. Fomos fazendo a barragem e tudo bem feito e até hoje não deu problema. Estamos conseguindo ampliar cada vez mais”, contou Domingos Giori.
Eles conseguiram fazer barragens e reservatórios para a criação. Hoje, o quilo do trairão sai a R$ 17. O custo de produção é baixo.
“Pelo fato de ser um animal carnívoro, a gente utiliza peixes que nós chamamos de forrageiros para alimentá-los e isso faz com que você tenha um custo de produção mais reduzido e o preço de venda dessa carne é mais elevado em comparação com outros peixes, como tilápias. Então, o produtor acaba tendo um lucro maior”, contou Fabiano.
Um desafio encontrado na produção foi a temperatura. A propriedade fica em uma região de montanha, com clima frio, e para a criação de peixes é necessário calor. Por isso, Fabiano resolveu colocar tanques em uma estufa, que antes era usada para secar o café.
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“Em períodos ensolarados, a gente chega com uma temperatura interna de 45ºC. Na água, a gente mantém uma temperatura de 28ºC, que para os peixes é ideal”, completou Fabiano.
A maior parte da renda vem dos alevinos (peixes recém saídos do ovo) produzidos na fazenda. Eles possuem 14 espécies de peixes e por ano produzem 3 milhões de alevinos. A meta é chegar a 7 milhões por ano.
Fonte: G1 Espírito Santo
https://g1.globo.com/es/espirito-santo/agronegocios/noticia/produtores-investem-na-criacao-de-peixes-da-especie-trairao-da-amazonia-no-interior-do-es.ghtml
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