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Uso de bacteriófagos como solução para combater patógenos em cultivos

Uso de bacteriófagos como solução para combater patógenos em cultivos
22 de Novembro de 2017
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Pesquisadores da Universidade de Aveiro (Portugal), da AZTI-Tecnalia (Espanha) e da empresa de aquicultura Aguacircia (Portugal) avaliaram o impacto do uso de bacteriófagos no combate a patógenos responsáveis por doenças que afetam a piscicultura.


Substituir antibióticos por fagos é uma excelente alternativa na aquicultura, como forma de controlar a transferência de bactérias que podem ser prejudiciais para as espécies cultivadas e por consequência para o consumidor.


O uso de fagos, organismos que infectam e destroem as bactérias, reduziria significativamente o impacto de doenças em cultivos de peixes e, ao mesmo tempo, aumentaria a rentabilidade, diminuindo a mortalidade nos estágios iniciais dos processos de reprodução.


O uso de bacteriófagos é uma alternativa interessante ao uso de antibióticos, uma vez que não afetam a saúde dos peixes e tampouco dos consumidores. Os projetos de pesquisa obtiveram resultados promissores em laboratório com o uso de bacteriófagos, no entanto, antes da utilização a nível industrial, é necessário conhecer o impacto dos fagos no ambiente e na ecologia marinha.


O projeto
E o projeto Enviphage procurou abordar essa lacuna entre os experimentos laboratoriais e o tratamento em escala industrial. Na busca por uma estratégia que melhore a saúde dos peixes nos cultivos sem afetar o meio ambiente ou a segurança do consumidor, o projeto trabalhou na identificação de Fagos que eliminam os agentes patogênicos de interesse, sem afetar as comunidades de bactérias ambientais e intestinais.


Os bacteriófagos mais promissores com ação específica contra os agentes patogênicos de peixes foram selecionados para possível uso na indústria. A eficácia da seleção foi realizada em condições reais e o impacto do tratamento com fagos nos peixes foi avaliado através da monitoração veterinária.


Os resultados obtidos durante o estudo, em 2017, revelaram que a comunidade bacteriana do trato intestinal dos peixes não é afetada após o tratamento com os fagos selecionados. Também foi levantado que este tratamento não modifica a população de bactérias marinhas nos tanques de fazendas ou no rio e/ou lagos onde a fazenda está localizada, por isso tem impacto zero ou impacto muito limitado na ecologia bacteriana.


 


Fonte: Aquaculture Brasil



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